terça-feira, 27 de dezembro de 2011

                           MAIS UM ANO
 As alvoradas do novo ano se anunciam.
Passou o Natal e agora se aguarda a festividade da virada do ano.
Um ano se vai. Outro inicia.
É tempo de reflexão.
Que fizemos durante esses 365 dias que se esgotaram no calendário terrestre?
Trabalhamos muito? Mas nosso trabalho teve como objetivo somente ganhar dinheiro ou promovemos algo de verdadeiramente bom para alguém, para a comunidade?
Trabalhamos até à exaustão, sem tempo para a família, os amigos, o lazer refazente?
Contribuímos para alfabetizar uma criança, um jovem, um adulto?
Aderimos a campanhas de promoção da vida e da dignidade humana? Fizemos a diferença no mundo?
O que fizemos, afinal?
O que foi diferente para nós, no ano que passou?
Simplesmente reprisamos os feitos dos meses anteriores ou as promessas escritas na mente e no coração foram colocadas em prática?
Será que a esperança com que aguardamos o novo ano será de tão pouca duração quanto foi a do ano que morre?
Pensemos um pouco e valorizemos mais o nosso tempo.
Somos passageiros em um mundo de formas que todo dia sofre mudanças e nos pede mudanças.
Mudanças de comportamento, aprendizados de técnicas, readequação a cargos, funções.
E, intimamente, como estamos? Quanto crescemos?
*   *   *
É tempo de renovação. Não deixemos que o ano novo seja simplesmente um evento assinalado no calendário, uma convenção humana para demarcar o tempo.
Pensemos que o tempo é tesouro em nossas mãos e nos compete utilizá-lo com sabedoria.
Assim, ante a expectativa dos 365 dias que se espreguiçam na aurora dos meses à frente, façamos propósitos de viver melhor, de crescer em intelecto e moral.
Na planilha de nossa mente estabeleçamos diretrizes para esses dias sorridentes que nos aguardam.
Momentos para estar com os amores. Momentos para abraçar, sorrir, brincar.
Horas de estudo, aprendizado, crescimento intelectual. Um novo curso, uma especialização, um mestrado, um doutorado.
Ou apenas aprender a ler, dominando as letras.
Momentos para leitura de livros que chegarão ao mercado livreiro, interessantes e oportunos. Momentos para releitura de obras antigas, que nos merecem o folhear de suas páginas, uma vez mais.
Ilustração da mente. Reflorescimento de ideias.
Renovação de atitudes. Menos preguiça, mais ação. Utilizar melhor a tecnologia para conservar amigos e reconstruir pontes afetivas.
Ano novo! Quantas promessas.
Absorvamos as alegrias que nos motivam a comemorar a chegada do novo ano e as mantenhamos conosco nos dias a viver.
Abriguemos a esperança que se exterioriza em todos os sorrisos e a tenhamos conosco, durante os meses vindouros.
Projetemos um ideal de vida e o persigamos para que, quando o novo ano se for, gasto, vivido, possamos olhar para trás e, sem remorso, afirmar:
Foi um bom ano! Cresci muito: amei, trabalhei, estudei, vivi!
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011



                                          UNIÃO MUNICIPAL ESPÍRITA                                            

                                     TEMPO DE PAZ

Aquietam-se a Natureza e os Homens, para suavemente, levemente, começarem a escutar:
                                      O murmúrio das águas, o canto dos pássaros e o doce balançar dos ramos verdejantes.

                                     Coro de preces, entoando louvores.

E, as criaturas tecendo os fios da esperança, da alegria e do amor, preparam-se para receberem o Divino Amigo.

           Assim, (“unamos as nossas às vozes do bem que instalam a Era da Fraternidade entre os homens. Comemorando o Natal do Cristo, repartindo amor e esperança, trabalho e solidariedade com as demais criaturas, confirmando, dessa forma, que Ele já nasceu em nós”).  - Espírito Joanna de Angelis
                                               


              FELIZ NATAL
                  DEZ/2011
                                                                                A Diretoria

sábado, 3 de dezembro de 2011

RESPOSTAS À PRESSA
Evite a impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem-fim.
Guarde a calma. Fuja, porém, à ociosidade, como quem reconhece o decisivo valor do minuto.
Semeie o amor. Pense no devotamento dAquele que nos ama desde o princípio.
Guarde o equilíbrio. Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina.
Cultive a confiança. O Sol reaparecerá amanhã, no horizonte, e a paisagem será diferente.
Intensifique o próprio esforço. Sua vida será o que você fizer dela.
Estime a solidariedade. Você não poderá viver sem os outros, embora na maioria dos casos possam os outros viver sem você,
Experimente a solidão, de quando em quando; Jesus esteve sozinho, nos momentos cruciais de sua passagem pela Terra.
Dê movimento construtivo, às suas horas. Não converta, no entanto, a existência numa torre de Babel.
Renda culto fiel à paz. Não se esqueça, todavia, de que você jamais viverá tranqüilo sem dar paz aos que pisam seu caminho.

(Xavier, Francisco Cândido Xavier.
 Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A TAREFA DE CADA UM
Há um momento em nossas vidas em que todos nós nos rendemos ao inevitável apelo para o autoconhecimento. Enquanto isto não acontece, passamos pela vida como que anestesiados e insensíveis à realidade de nós mesmos, agindo e reagindo ao sabor dos ditames impostos pela sociedade em que vivemos.

A partir do ponto em que nos rendemos ao clamor íntimo do auto descobrimento,  iniciamos uma verdadeira cruzada na tentativa de obter respostas às questões relacionadas com o velho dilema do "Conhece-te a ti mesmo". Começamos então a questionar a nossa própria realidade existencial, a origem da vida, a razão de estarmos aqui nesta existência, o porquê das experiências ou relacionamentos a que somos expostos, e até alvoramo-nos no direito de questionar o acerto da decisão Daquele que nos criou e nos colocou nessas circunstâncias.

No extraordinário livro Memórias do Padre Germano encontramos um ilustrativo exemplo desse dilema que ainda é uma característica da avassaladora maioria dos espíritos encarnados no planeta terra, haja visto o baixo nível evolutivo dos seus habitantes. Através da maravilhosa obra de Amalia Domingo Soler, o padre Germano nos relata o dilema que viveu em uma das suas encarnações aqui em nosso orbe, na qual experimentou, como membro da igreja de Roma, a permanente e asfixiante sensação de viver se sentindo com um peixe fora d’água, especialmente ao desempenhar a espinhosa função eclesiástica de confessor. Em momento de inquietação angustiante, ele assim se manifesta:

 "Amado Deus, por que tive eu que nascer nas fileiras desta ordem religiosa?Por que Você me obrigou a ser guia dessas pobres ovelhas, meus paroquianos, se eu não posso tão pouco guiar a mim mesmo? Senhor, deve haver outras moradas no espaço, porque aqui neste planeta uma alma capaz de pensar fica asfixiada ao presenciar tanta miséria e hipocrisia. Eu desejo seguir o caminho certo, mas ao longo da jornada eu vejo tantas armadilhas!"

O exemplo é mesmo bem ilustrativo, mas cabe ressaltar que ao folhearmos as páginas deste excepcional livrinho, temos a convicção de que o padre Germano era um espírito em estágio evolutivo bem acima da maioria de todos nós e que cumpriu a sua missão naquela existência de forma exemplar, podendo mesmo servir de guia e modelo para todos nós que aspiramos passar pelos embates da vida e cumprirmos com a nossas tarefas onde quer que a vida nos coloque.

A Doutrina dos Espíritos veio para nos dar as respostas àquelas questões existencias e acima de tudo para nos mostrar com uma clareza insofismável, as razões e os porquês de estarmos aqui e expostos às experiências e aos relacionamentos que temos vivenciado nesta encarnação. É bem verdade que ela só nos dá as respostas de que necessitamos para cumprirmos com a nossa tarefa de espíritos encarnados e galgar alguns degraus a mais na nossa escala evolutiva rumo a felicidade. Mas o que é mais importante e digno da atenção de todos nós que aspiramos sincera e honestamente por um mundo de Paz e Harmonia, enfim, um mundo regenerado, é que além das respostas que obtemos através da mensagem dos espíritos, existe nesta mesma mensagem um apelo claro ao nosso senso de responsabilidade perante a Lei de Causa e Efeito. A esta sim, teremos que nos curvar, pois somente o respeito e a adesão incondicional às suas diretrizes propiciarão o advento de um mundo de Paz e Harmonia para todos nós.

Assim, que tenhamos ouvidos para ouvir e olhos para enxergar e adotemos em nossas vidas a máxima insculpida na Doutrina dos Espíritos que nos diz: "Fora da caridade não há salvação".

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

  CORAGEM DE SER FELIZ
    Vive-se, desde há algum tempo, a grande transição por que vêm passando o planeta e a sociedade que o habita.
         Repentinamente grandes mudanças operam-se em torno dos valores ético-morais, dos comportamentos sociais e dos relacionamentos humanos, de alguma forma gerando graves transtornos individuais e coletivos, em face do agravamento da ansiedade e da culpa que se vêm instalando nos indivíduos.
         A liberação sexual, a igualdade dos direitos da mulher, leis mais justas em torno dos direitos humanos, respeito à fauna e à flora, mais possibilidades de encontrar a própria identidade, passaram a ser realidades, nas últimas décadas do século passado e no amanhecer deste novo milênio.
         Nada obstante, açodados pelas paixões predominantes em a sua natureza animal, os indivíduos tombaram em maior volume de agressividade e de despautério, vitimados pela alucinação do prazer em total desrespeito à constituição orgânica e aos impositivos da evolução moral.
         Regimes totalitários foram derrubados e sofrem os últimos estertores agônicos, enquanto outros ergueram-se em algazarra de falso triunfo, no mesmo momento em que a fome e as epidemias devoram milhões de vidas inermes, ensejando que o sofrimento estiole os corações.
         Adaptações geológicas vêm ocorrendo, produzindo terríveis cataclismos, enquanto o progressivo aquecimento do planeta e a poluição desmedida do ar, das reservas de água, ameaçam de extinção a diversidade de expressões de vida, inclusive a humana...
         Sucede que o veloz desenvolvimento científico e tecnológico não tem sido acompanhado por igual crescimento de natureza moral, atormentando aqueles mesmos que o promovem, e que, para enfrentarem os volumosos desafios disso decorrentes, robotizam-se, perdendo a identidade, fugindo para o desespero ou para a exorbitância dos prazeres, como mecanismos de neutralização da consciência ante os torpes acontecimentos.
         Esses fenômenos, no entanto, fazem parte do processo da transformação que se opera na Terra, trabalhando as condições definidoras do futuro, quando a dor deixará de ser o instrumento hábil para o despertamento das responsabilidades morais e sociais dos Espíritos, convidando-os às reflexões de amor e de auxílio mútuo entre todos.
         Simultaneamente, os transtornos de conduta e as obsessões campeiam em desvario ceifando vidas, ou, pelo menos, desarmonizando mentes e sentimentos que são alcançados sem o necessário suporte de forças para a superação que se impõe.
         Sem dúvida, são muitas as glórias do engenho do pensamento através das conquistas logradas, alterando completamente a paisagem terrestre, ao tempo em que, também, são incontáveis os desassossegos que irrompem em toda parte, gerando sofrimento e pânico em progressão imprevisível.
         ...E o ser humano, que poderia encontrar-se feliz ante as realizações valiosas que lhe assinalam estes dias de deslumbramento da inteligência e de ambições emocionais, peregrina triste, quase sucumbido ante o peso das inquietações que o assolam.
         A alegria vem-se transformando em algazarra e o sorriso em esgar, quando não em máscara elaborada para ocultar os inquietantes estados íntimos.
         A coragem de lutar e de superar os impositivos decorrentes do despreparo para enfrentar os males que se tem causado diminui, na razão direta em que o consumo de álcool, de drogas, as fugas espetaculares de todo porte aumentam vertiginosamente, numa voragem assustadora.        
         É imprescindível, porém, deter-te na desorganizada correria para o nada, em reflexão a respeito da coragem.
         Coragem não é somente a intempestiva reação do desespero, que se anota como de alto valor físico ou moral, mas é a capacidade de enfrentar situações calamitosas e assustadoras, sem desânimo, apesar desse mesmo desespero.
         A coragem física, nos padrões convencionais, resultado de anteriores conflitos do lar, de medos ocultos, de agressões sofridas na infância, muitas vezes não passa de arrogância que intimida e recebe aplauso da insensatez.
         A verdadeira coragem moral deve predominar no comportamento, convidando ao equilíbrio e à alegria de viver.
         O exibicionismo, que passa como vitória, e a prepotência que ameaça, na maioria das vezes, são necessidades de valorização do ego com enormes prejuízos para o si-mesmo. Enquanto que a coragem moral é o desafio para a consideração positiva e a ação dignificadora dos acontecimentos em torno dos valores éticos e espirituais que os caracterizam.
         Dessa forma, é necessário que tenhas coragem de reconhecer os teus limites, deficiências e dificuldades de maneira honorável. Nenhuma postura extravagante de autocomiseração, nem a audácia presunçosa de que és irretocável.
         A coragem vem sempre associada à humildade que faculta a perfeita identificação do indivíduo com os seus valores reais, em face do autoconhecimento de que se tornou possuidor.
         Assim sendo, supera o medo da vida, isto é, o receio dos conflitos, das necessárias provações que fortalecem o caráter e desenvolvem os sentimentos, aprimorando o Espírito, assim como o da morte, que se denominou como a perda da identidade, a submissão aos afetos, a dependência de outrem...
         Quem aprendeu a ser livre não se encarcera facilmente, tampouco aprisiona outrem, estando em condições de arrostar conseqüências, sejam quais forem, pelas decisões tomadas em clima de tranqüilidade.
         Torna-se, portanto, urgente neste momento de crises existências e de descalabros morais, que te imponhas uma cuidadosa auto-análise a respeito do comportamento que te permites, desenvolvendo a coragem de amar, de lutar por ideais de engrandecimento pessoal e social, encontrando alegria de viver e de desenvolver as aptidões divinas em ti adormecidas.
         Esquece a queixa pessimista e as acusações indébitas, fazendo o melhor ao teu alcance, a fim de que alguém seja mais feliz e, por efeito, o mundo se apresente menos enfermo e agressivo.
         Desenvolve a criatividade construtiva, oferecendo algo a mais, além daquilo a que te comprometeste, tornado mais belos os teus dias e mais agradáveis os teus relacionamentos.
         Sabendo das grandes dificuldades existentes, reveste-te de compaixão pelo teu irmão e ajuda-o com a tua oferta de alegria e de paz, a fim de que ele encontre motivações para ser feliz.
 
Iluminação Interior
Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco
CONVITE
2ª Caminhada em Defesa da Vida
Dia 19 Sábado - a partir das 10h com saída da Praça de Esportes.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


A UNIÃO MUNICIPAL ESPÍRITA - UME, BAGÉ, estará participando da FEIRA DO LIVRO DE BAGÉ, nos dias 30 de Setembro á  09 de Outubro.
VENHA PRESTIGIAR!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

EVANGELHO EM CASA
 O culto público da fé religiosa é o mostruário brilhante do conhecimento e da educação, mas, o culto em casa é a laboriosa oficina de aperfeiçoamento do caráter, na qual perdemos antigas e contundentes arestas, melhorando-nos em espírito, uns a frente dos outros.
No santuário da praça, o Mestre nos fala a inteligência, mas, no altar doméstico, o Senhor nos fala ao coração.

(Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Indulgência.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
IDE.
)

terça-feira, 6 de setembro de 2011



O Brasil e a sua Missão Histórica de “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”

Autor: Bezerra de Menezes

Meus filhos:

Prossegue o Brasil na sua missão histórica de “Pátria do Evangelho” colocada no “Coração do Mundo”.

Nem a tempestade de pessimismo que avassala, nem a vaga de dúvida que açoita os corações da nacionalidade brasileira impedirão que se consume o vaticínio da Espiritualidade quanto ao seu destino espiritual. Apesar dos graves problemas que nos comprometem em relação ao porvir – não obstante o cepticismo que desgoverna as mentes em relação aos dias do amanhã – o Brasil será pulsante coração espiritual da Humanidade, encravado na palavra libertadora de Jesus, que fulge no Evangelho restaurado pelos Benfeitores da Humanidade.

Não se confunda missão histórica do País com a competição lamentável, em relação às megalópoles do mundo, que triunfam sobre as lágrimas das nações vencidas e escravizadas pela política financeira e econômica internacional.

Não se pretenda colocar o Brasil no comando intelectual do Orbe terrestre, através de celebrações privilegiadas que se encarreguem de deflagrar as guerras de aniquilamento da vida física.

Não se tenham em mente a construção de um povo, que se celebrize pelos triunfos do mundo exterior, caracterizando-se como primeiro no concerto das nações.

Consideremos a advertência de Jesus, quando se reporta que “os primeiros serão os últimos e estes serão os primeiros”.

Sem dúvida, o cinturão da miséria sócio-econômica que envolve as grandes cidades brasileiras alarma a consciência nacional. A disputa pela venda de armas, que vem colocando o País na cabeceira da fila dos exportadores da morte, inquieta-nos. Inegável a nossa preocupação ante a onda crescente de violência e de agressividade urbana...

Sem dúvida, os fatores do desrespeito à consciência nacional e a maneira incorreta com que atuam alguns homens nas posições relevantes e representativas do País fazem que o vejamos, momentaneamente, em uma situação de derrocada irreversível.

Tenha-se, porém, em mente que vivemos uma hora de enfermidades graves em toda a Terra, na qual, o vírus da descrença gera as doenças do sofrimento individual e coletivo, chamando o homem a novas reflexões.

A História se repete!...

As grandes nações do passado, que escravizaram o mundo mediterrâneo, não se eximiram à derrocada das suas edificações, ao fracasso dos seus propósitos e programas; assírios e babilônios ficaram reduzidos a pó; egípcios e persas guardam, nos monumentos açoitados pelos ventos ardentes do deserto, as marcas da falência pomposa, das glórias de um dia; a Hélade, de circunferência em torno das suas ilhas, legou, à posteridade, o momento de ilusório poder, porém, milênios de fracassos bélicos e desgraças políticas.

As maravilhas da Humanidade reduziram-se a escombros: o Colosso de Rodes foi derrubado por um terremoto; o Túmulo de Mausolo arrebentou-se, passados os dias de Artemísia; o Santuário de Zeus, em Olímpia, e a estátua colossal foram reduzidos a poeira; os jardins suspensos de Semíramis arrebentaram-se e ficaram cobertos da sedimentação dos evos e das camadas de areia sucessivas da história. Assim, aconteceu com outros tantos monumentos que assinalaram uma época, porém foram fogos-fátuos de um dia ou névoa que a ardência da sucessão dos séculos se encarregou de demitizar e de transformar. Mas, o Herói Silencioso da Cruz, de braços abertos, transformou o instrumento de flagício em asas para a libertação de todas as criaturas, e a luz fulgurou no topo da cruz converteu-se em perene madrugada para a Humanidade de todos os tempos.

O Brasil recebeu das Suas mãos, através de Ismael, a missão de implantar no seu solo virgem de carmas coletivos, com pequenas exceções, a cruz da libertação das consciências de onde o amor alçará o vôo para abraçar as nações cansadas de guerras, os povos trucidados pela violência desencadeada contra os seus irmãos, os corações vencidos nas pelejas e lutas da dominação argentaria, as mentes cansadas de perquirir e de negar, apontando o rumo novo do amor para re restaurem no coração a esperança e a coragem para a luta de redenção.

Permaneçam confiantes, os espíritas do Brasil, na missão espiritual da “Pátria do Cruzeiro”, silenciando a vaga do pessimismo que grassa e não colocando o combustível da descrença, nem das informações malsãs, nas labaredas crepitantes deste fim de século prenunciador de uma madrugada de bênçãos que teremos ensejo de perlustrar.

Jesus, meus filhos, confia em nós e espera que cumpramos com o nosso dever de divulgá-lO, custe-nos o contributo do sofrimento silencioso e das noites indormidas em relação à dificuldade para preservar a pureza dos nossos ideais, ante as licenças morais perturbadoras que nos chegam, sutis e agressivas, conspirando contra nossos propósitos superiores.

Divulgá-lO, vivo e atuante, no espírito da Codificação Espírita, é compromisso impostergável, que cada um de nós deve realizar com perfeita consciência de dever, sem nos deixarmos perturbar pelos hábeis sofistas da negação e pelas arengas pseudo-intelectuais dos aranzéis apresentados pela ociosidade dourada e pela inutilidade aplaudida.

Em Jesus temos “o ser mais perfeito que Deus nos ofereceu para servir-nos de modelo e guia”; o meio para alcançar o Pai, Amorável e Bom; o exemplo de quem, renunciando-se a si mesmo, preferiu o madeiro de humilhação à convivência agradável com a insensatez; de quem, vindo para viver o amor, fê-lo de tal forma que toda a ingratidão de quase vinte séculos não lhe pôde modificar a pulcridade dos sentimentos e a excelsitude da mensagem. Ser espírita é ser cristão, viver religiosamente o Cristo de Deus em toda a intensidade do compromisso, caindo e levantando, desconjuntando os joelhos e retificando os passos, remendando as carnes dilaceradas e prosseguindo fiel em favor de si mesmo e da Era do Espírito Imortal.

Chamados para essa luta que começa no país da consciência e se exterioriza na indimensionalidade geográfica, além das fronteiras do lar, do grupo social, da Pátria, em direção do mundo, lutais para serdes escolhidos. Perseverai para receberdes a eleição de servidores fiéis que perderam tudo, menos a honra de servir; que padeceram, imolados na cruz invisível da renúncia, que vos erguerá aos páramos da plenitude.

Jesus, meus filhos – que prossegue crucificado pela ingratidão de muitos homens – é livre em nossos corações, caminha pelos nossos pés, afaga com nossas mãos, fala em nossas palavras gentis e só vê beleza pelos nossos olhos fulgurantes como estrelas luminíferas no silêncio da noite.

Levai esta bandeira luminosa: “Deus, Cristo e Caridade” insculpida em vossos sentimentos e trabalhai pela Era Melhor, que já se avizinha, divulgando o Espiritismo Libertador onde quer que vos encontreis, sem o fanatismo dissolvente, mas, sem a covardia conivente, que teme desvelar a verdade para não ficar mal colocada no grupo social da ilusão.

Agora, quando se abrem as portas para apresentar a mensagem do Cristo e de Kardec ao mundo, e logo mais, preparai-vos para que ela seja vista em vossa conduta, para que seja sentida em vossas realizações e para que seja experimentada nas Casas que momentaneamente administrais, mas que são dirigidas pelo Senhor de nossas vidas, através de vós, de todos nós.

O Brasil prossegue, meus filhos, com a sua missão histórica de “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, mesmo que a descrença habitual, o cinismo rotulado de ironia, o sorriso em gargalhada estrídula e zombeteira tentem diminuir, em nome de ideologias materialistas travestidas de espiritualismo e destrutivas em nome da solidariedade.

Que nos abençoe Jesus, o Amigo de ontem – que já era antes de nós -, o Benfeitor de hoje – que permanece conosco -, e o Guia para amanhã – que nos convida a tomar do Seu fardo e receber o Seu jugo, únicos a nos darem a plenitude e a paz.

Muita paz, meus filhos!

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra

segunda-feira, 29 de agosto de 2011


Encerrando a programação da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, o Instituto Caminho da Luz recebeu no domingo dia  29, Maria Elizabeth Barbiéri,  presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul  ( FERGS), que realizou a palestra "SOMOS IMORTAIS".  Na sexta-feira 26, Beth recebeu o reconhecimento em nível estadual, sendo entrevistada no programa “Jornal do Almoço”, da RBS TV.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Espiritismo será tema de novas novelas da Globo
Dando continuidade ao êxito da divulgação espírita em filmes, minisséries, a Rede Globo lançará, em breve, mais duas novelas com a temática espírita. Segue, com isso, o sucesso de outras obras já exibidas como "O Profeta" e "Escrito nas Estrelas", naquela mesma emissora. A primeira prevista terá o nome de "Aquele Beijo" e deve estrear ainda no primeiro semestre do ano que vem. Já a segunda, ainda sem nome definido, deve estrear em março ou abril de 2012, conforme divulgado no site http://mundonovelass.blogspot.com

terça-feira, 26 de julho de 2011

O mal da omissão

Richard Simonetti
Na entrada de uma estação do metrô, em Nova Iorque, deparei-me com um homem maltrapilho, a dormir profundamente o sono pesado dos alcoólatras. Ao lado, uma lata para que as pessoas depositassem doações em seu benefício, e um cartaz com o seguinte apelo: Help a poor irish man keep his drinking habit. Ajude este pobre irlandês a manter o seu vício. A cena, digna de uma comédia dramática, era reveladora. Demonstrava que mesmo no país mais rico do mundo não se conseguiu solucionar o problema do alcoolismo e da exclusão social. Perto de 12% da população americana, aproximadamente 36 milhões de pessoas, vivem em estado de pobreza, alcoólatras em boa parte. Isso nos permite constatar uma tendência lamentável: a capacidade que tem o ser humano de conviver com as carências alheias, sem se condoer, sem se incomodar, sem se propor a fazer algo.

Se milhões de americanos de classe média e abastada que moram em Nova Iorque, uma das cidades mais ricas e de maior rendimento per capita do mundo, participassem de organizações não governamentais, com o propósito de ajudar os carentes de todos os matizes, esses problemas seriam solucionados facilmente. Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XV, item 10, há uma mensagem de Paulo que, reportando-se à máxima de Kardec, “Fora da caridade não há salvação”, enfatiza:

[...] Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim,meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as consequências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Insuficiente, como afirma o apóstolo, não fazer o mal. Imperioso fazer o bem. Elementar que boa parte dos males praticados pelos homens nasça do fato de não se haver exercitado o bem com eles. Não é novidade que muitos criminosos em potencial ou consumados são formados na rude escola da exclusão social, da pobreza, da necessidade mais premente. Está demonstrado que há, quase sempre, uma história de maus-tratos, carência afetiva e frustração em nossos irmãos comprometidos com a criminalidade.

Se o Bem não chega, o mal bota as mangas de fora. Se tarda a luz, as trevas dominam. Detalhe importante, amigo leitor: nas reuniões mediúnicas manifestam-se Espíritos perturbados e infelizes, não raro inconscientes de sua situação. Em boa parte, não foram maus, apenas omissos. Por desinteresse, jamais cogitaram de que não praticar o Bem faz mal para a alma, situando-nos à margem da Harmonia Universal, regida pelo Bem Supremo: Deus! A justiça humana pune a omissão de socorro, quando fomos os responsáveis por um acidente de trânsito com vítimas.

A justiça divina pune a omissão de socorro diante de males que não causamos, mas que temos condições de minorar, envolvendo as carências humanas. Não podemos, portanto, alegar ignorância, nem dizer que não sabíamos, quando a morte nos transferir para o Além e nos pedirem contas de nossas ações. Sabíamos sim! Eu sei, você sabe, leitor amigo, todos sabemos desde que Jesus o revelou, que é preciso fazer pelo próximo o bem que desejamos para nós. Desde que Kardec fez da caridade a bandeira do Espiritismo, sabemos que não basta evitar o mal. É nosso dever indeclinável e inadiável nos movimentarmos nas lides da solidariedade, onde estivermos, a começar pelo empenho em ajudar um alcoólatra, não com a esmola que alimenta seu vício,mas com a participação na obra social que o ajude a superá-lo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

domingo, 3 de julho de 2011