segunda-feira, 23 de abril de 2012

CONFLITOS SOCIAIS
        “ - Qual a causa que leva o homem à guerra?
        - Predominância da natureza animal sobre a espiritual e satisfação das paixões....”. Questão 742, de “O Livro dos Espíritos”.


        Com freqüência, acreditamos que a guerra somente acontece em campos de batalha, onde equipamentos bélicos, da mais alta tecnologia procuram destruir o adversário. Ledo engano, pois que guerreamos diariamente enquanto nos relacionamos com as criaturas humanas.
        Fazemos guerra quando dentro do lar não conseguimos manter o clima necessário para a harmonia e a paz, onde cônjuges se agridem, faltam com o respeito e informam nocivos exemplos aos filhos sobre a convivência social.
        Fazemos guerra quando , no contexto da sociedade, agimos de forma desonesta, pois que sempre estaremos criando inimigos e provocando o prejuízo de alguém.
        Fazemos guerra quando deixamos de educar devidamente uma criança ou uma adolescente, uma vez que fora dos muros, dos limites e da consciência de deveres e direitos, o “pequeno” caminhará desorientado na direção de conflitos e tumultos que certamente provocará.
        Fazemos guerra quando somos patrões e desrespeitamos os empregados e quando somos empregados e não atendemos as diretrizes do patrão, pois a discórdia se instalará e o desentendimento será certo.
        Fazemos guerra quando cultivamos a violência no trânsito, dirigindo de forma perigosa, irresponsável e ameaçadora, colocando em risco a própria vida e a daqueles que seguem conosco.
        Fazemos guerra quando ignoramos os sentimentos alheios, menosprezando a liberdade dos outros, uma vez que tal comportamento se caracterizará como o nascedouro de intrigas, insatisfações e maledicência.
        Fazemos guerra quando nos mantemos na ignorância, na indiferença para com os reais valores da vida, isso porque a falta de sabedoria sempre foi a marca dos ditadores, déspotas e autoritários, que esparramaram rios de sangue e dor por onde passaram.
        Fazemos guerra quando ainda não conseguimos amar ao nosso próximo, quanto ainda pensamos mais em nós que nos outros, quando pensamos em sermos felizes sozinhos, quando entendemos bastar que estejamos bem sem nos importarmos com as outras pessoas, quando achamos que a nossa dor e maior do que a dor do irmão que caminha do nosso lado.
        A guerra, em verdade, acontece todos os dias, em todos os lugares, fazendo uma quantidade infindável de vítimas. Enquanto o homem apenas manter-se em discursos evangélicos, cultivando atos exteriores, que expressam boa aparência, enquanto estiver apenas fazendo projetos, planos de ações e mantenho sonhos que nunca saem do desejo, a guerra estará firme causando grandes prejuízos no meio social em que vivemos.
        Claro que não estamos falando da guerra cruenta, amparada por notável arsenal bélico, por equipamentos de alta tecnologia, onde nações se aniquilam e se destroem, mas sim da guerra diária, nascida dos conflitos sociais que tem como ponto de partida o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a maledicência e o ódio.
        Talvez essa – a guerra de cada dia – faça mais vítimas e cause maiores damos ao homem do que os conflitos internacionais, pois o orgulho é mais forte que um canhão, o egoísmo é mais ameaçador que um avião repleto de bombas, a vaidade é mais agressiva que um míssil , a maledicência prejudica mais que um lança chamas e o ódio destrói mais que uma bomba atômica.

domingo, 1 de abril de 2012

      Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo?
       Jesus
  Questão 625, de "O Livro dos Espíritos"
        Sendo Jesus Cristo o guia e o modelo a ser seguido por nós, em realidade, o que estamos esperando para agir dessa forma? Tudo o que deliberarmos fazer de diferente dessa valiosa observação, por certo, nos colocará na contra mão da lógica e da razão, e, por conseqüência, nos trará o reflexo da desobediência e da indisciplina em forma de reveses, dores e decepções.
      Obviamente, a escolha será sempre nossa, pois que o livre arbítrio é uma Lei Divina, onde cada qual vive de conformidade com o que pensa, mas o bom senso nos recomenda observar a maneira como decidimos a nossa jornada terrena, pois que ninguém, em sã consciência e perfeita lucidez de raciocínio deseja sofrer.
      Contrariar as profundas e sábias lições de Jesus é, incontestavelmente, uma forma de semear espinhos que nos proporcionarão colheitas fartas de arranhões e ferimentos.
      Sugere o Mestre, objetivando a construção de uma saudável vida social que aprendamos a compreender as pessoas como elas são, despidos de egoísmo, preconceito ou exclusividades, pois que de nossa parte também temos necessidade de que nos entendam como somos.
      Orienta que diante de conflitos, rusgas ou pugnas façamos uso do perdão e da tolerância, pois que ninguém, no estágio em que vivemos, consegue se relacionar com os outros sem causar algum tipo de mágoa, ressentimento ou coisa que valha.
      Pede que estendamos as mãos àqueles que seguem vivendo em situação de penúria, aliviando-lhes os padecimentos e torturas, pois nenhum de nós sabemos como será o nosso dia amanhã.
      Informa que devemos amar ao nosso próximo como a nós mesmos, assim ensinando que os mais fortes precisam amparar os mais fracos, os mais poderosos socorrer os menos influentes e os mais ricos não ignorar aqueles que vivem na pobreza,.
      Propõe que a mão esquerda não saiba o que faz a direita, ministrando as lições da humildade e da simplicidade, e ao mesmo tempo condenando o orgulho, que nos faz pensar sermos melhores que os outros.
      Anuncia que quem socorrer aos "pequeninos" de toda ordem é a
Ele mesmo que está a servir, pois que a Sua maior alegria e ver o bem sendo espalhado em todas as direções e o mal sufocado pelos nossos esforços.
      Ampara Maria Madalena, a jovem que prostituía, conversa com Nicodemos, o orgulhoso doutor da lei e hospeda-se na casa de Zaqueu, o cobrador de impostos tido como de má vida, sem apresentar nenhuma censura ou reprimenda, acolhendo-os com carinho e ternura, propiciando a transformação deles, no tempo, sem qualquer acusação ou violência.
      Diante da multidão faminta de esclarecimentos e gênero alimentícios, falou da Boa Nova, mas não se esquivou do dever de alimentá-la também, multiplicando pães e peixes, socorrendo conjuntamente o coração e o estômago.
      Dependurado injustamente numa cruz, vítima da incompreensão e da ignorância humana, ainda teve forças para rogar a Deus que perdoasse a humanidade, pois que em suma, não tinha ela noção do que estava fazendo.
      Como podemos observar, nitidamente, nada e mais novo e moderno do que as imprescindíveis lições de Jesus Cristo, que já são por demais conhecidas mas tão pouco praticadas.
      Ou seguimos Jesus, o modelo e guia da humanidade ou nos preparemos para longas temporadas de dissabores e infortúnios... a escolha é de cada um.