quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

 Mensagem ao Movimento Espírita

Meus filhos, que Jesus nos abençoe.
Estamos no limiar de uma nova era e no crepúsculo da cultura e da civilização do passado.
Abrem-se-nos as perspectivas de um período novo que vem sendo anunciado através dos evos.
Momento grave este que vivemos no Planeta, quando os valores éticos enobrecidos cedem lugar ao desequilíbrio e às manifestações do primitivismo, que devem desaparecer da estrutura psicológica da criatura humana.
A decadência da ética e a revolução que se apresenta como indispensável para as novas propostas de valorização da criatura humana asfixiam a identidade superior do Espírito, reduzindo-a a escombros que se demoram no letargo das paixões inferiores.
Faz-se-nos imprescindível a coragem da fé, a fim de arrostarmos as conseqüências da luta que nos é imposta para preservação das leis morais exaradas na Doutrina Espírita, restaurando o pensamento pulcro de Jesus.
Momento difícil este, em que a criatura sente-se aturdida, sem parâmetro para selecionar os valores que lhe devem conduzir o comportamento. Instante grave, em que as injunções penosas cerceiam os ideais de enobrecimento, relegando-os a plano secundário. Hora apocalíptica, em que as tentações de alto e de pequeno porte contaminam os menos preocupados com a verdade e os poucos distraídos das responsabilidades mais elevadas. É, também, o do chamamento para a decisão que deve caracterizar aqueles que ouvimos Jesus e nos comprometemos com Ele em regime de totalidade.
Tende cuidado, porque, na hora da demolição das construções antigas e perversas, é possível que muitas edificações enobrecidas sejam postas abaixo pela fúria destruidora. Permanecei vigilantes, porque as provocações da insensatez e as manifestações de agressividade chegar-vos-á às portas do sentimento, perturbando-vos e arrastando-vos a situações lamentáveis, de que vos dareis conta de imediato, porém, tardiamente.
É necessário porfiardes  no dever, abraçando a cruz da renúncia pessoal e deixando-vos levar ao holocausto, para que o gesto estóico transforme-se no momento heróico da nossa doação plena e total.
Jesus, meus filhos, ainda permanece ignorado pela sociedade contemporânea. Jesus das largas caminhadas entre as praias de Cafarnaum e a aldeia da Magdala, das águas tépidas do Genesaré à aridez das altas montanhas da Judéia. Aquele que, por coragem, preferiu perder tudo quanto o mundo pretende oferecer para preservar-se fiel aos valores do Pai, que trazia, a fim de construir o homem do futuro, que vem sendo desenhado há dois mil anos a somente agora se corporifica na sociedade sofrida.
Sabemos que estais cansado do prazer anestesiante, do gozo alucinado, que tem conduzido as multidões às patologias graves do comportamento desequilibrado. Nunca, porém, os estados de consciência alterada facultaram intercâmbio com a vida transcendente em escala poderosa como hoje.
A mediunidade, a serviço do Senhor, tem ampliado os horizontes da Terra, nem sempre exitosamente.
Os ouropéis do mundo, os triunfos enganosos, os aplausos de mentira e os “spotlights” das fanfarronadas humanas têm-se responsabilizado pelo malogro de idealistas que se comprometeram a servir e não suportaram as pressões da governança terrestres nem das posições elevadas do mundo.
Sede vós, aqueles que possais disputar a honra de servir e de passar, ignorados talvez, nunca ignorantes da verdade, desprezados possivelmente, jamais desprezíveis diante da consciência ilibada.
Hoje ou nunca mais, neste momento grave se repetirá o chamado do Senhor para nós. Esta oportunidade definir-nos-á os rumos do futuro e vós prometestes seguir as pegadas de Jesus, fiéis `Revelação Espírita, conforme no-la ofereceu o discípulo fiel, que foi Allan Kardec.
Não há mais tempo para as discussões estéreis nem para as frivolidades das opiniões personalistas em detrimento dos lídimos da fraternidade, do amor e da caridade.
Sede vós os lutadores autênticos, preparadores da era que começa, nesta noite histórica, precedendo a alvorada de luz, de liberdade e de paz.
“Eis que vos mando como ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces” – disse Jesus – e estais na Terra como ovelhas mansas, porém decididas, conscientes da vossa responsabilidade.
Não temais, porque somente lobos tombam nas armadilhas de lobos. E, fiéis ao compromisso firmado, chegareis ao país da plenitude, com consciência tranqüila e o coração pacificado, na condição de servos que apenas cumpristes com os vossos deveres.
Que o Senhor nos preserve de nós mesmos e o Seu amor nos coroe a vida, dulcificando-nos a existência.
Muita paz, meus filhos, são os votos que formula o servidor humílimo e paternal de sempre.
BEZERRA

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